A homossexualidade e a bissexualidade são opções?
Não. Ninguém escolhe a sua orientação sexual. A orientação sexual existe sem que tenhamos controlo directo sobre ela. Por isso mesmo, não é correcto referir-se-lhe como ‘opção sexual’.
A homossexualidade é uma doença?
Não. Após muitas décadas de estudos, a homossexualidade deixou de ser considerada doença pela Associação Psiquiátrica Americana (APA) em 1973 e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1993. Os homossexuais são, à partida, pessoas tão saudáveis como os heterossexuais, tendo as mesmas possibilidades e capacidades que eles.
Os homossexuais são todos promíscuos?
Não. Os homossexuais e os bissexuais estabelecem relações afectivas com o mesmo grau de durabilidade e fidelidade que os heterossexuais. O investimento nas relações afectivas não se encontra associado à orientação sexual do indivíduo, seja ela qual for, embora as relações entre pessoas do mesmo sexo ainda sofram grandes pressões negativas devido ao preconceito existente.
Num casal homossexual, um faz de homem e outro de mulher?
Não. Este tipo de afirmações tem como base as relações heterossexuais e os papéis sociais ainda vigentes. Nas relações homossexuais ambos os membros do casal partilham indiscriminadamente os papéis socialmente associados a ambos os sexos, tanto na organização de tarefas domésticas como em qualquer outro campo.
Os homossexuais podem ser pais?
Sim. Existem, por todo o mundo, muitos milhares de crianças criadas, tanto por um pai ou uma mãe homossexuais, como por um casal de duas mulheres ou um casal de dois homens, e Portugal não é excepção. Estas crianças provêm de casamentos ou relações heterossexuais anteriores ou do recurso à adopção ou à inseminação artificial, por exemplo.
Os homossexuais são bons pais?
Sim. Estudos de várias décadas demonstram que as crianças criadas por homossexuais ou por casais homossexuais apresentam um desenvolvimento emocional e social perfeitamente normal, estando até mais sensibilizadas para não discriminarem outras pessoas.
Quais são as causas da orientação sexual?
Não existem estudos conclusivos sobre este assunto. Acredita-se que a orientação sexual dos indivíduos possa ser resultado de factores biológicos e ambientais. Muitos investigadores consideram que, em geral, ela já se encontra definida nos primeiros anos de vida.
Pode-se mudar a orientação sexual de um indivíduo?
Não. As pessoas submetidas às chamadas “Terapias de Conversão” não deixam de ter sentimentos homossexuais, continuando, frequentemente, a ter comportamentos homossexuais. A APA considera que este tipo de terapias não tem base científica. Os estudos mostram que estas podem, pelo contrário, colocar em sério risco o bem-estar emocional das pessoas a elas submetidas.
Os homossexuais são reconhecíveis fisicamente?
A maioria das pessoas associa os homossexuais a pessoas com maneirismos tidos como típicos do sexo oposto. Na realidade, a maioria dos gays e das lésbicas têm a mesma aparência e agem tal e qual todas as outras pessoas. Esta invisibilidade significa que muitas pessoas não sabem que todos os dias se cruzam com homossexuais e que alguns deles são seus amigos, colegas e familiares.
O facto de haver informação sobre homossexualidade não significa que mais pessoas se vão “tornar” homossexuais?
Não. A informação poderá sim diminuir a discriminação e o preconceito para com pessoas homo e bissexuais e fazer com que, aos poucos, estas pessoas se sintam mais à vontade para se assumir, partilhar os seus sentimentos e viver as suas relações amorosas com pessoas do mesmo sexo de modo visível
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